Além de ser parte fundamental da história, ponto de encontro e patrimônio da capital mineira, o Mercado Central de Belo Horizonte é um dos locais mais frequentados pelos turistas que visitam nossa querida Beagá.
Ele foi considerado um dos 3 melhores mercados do mundo em 2016 pela revista “Tam nas Nuvens”, e o que não faltam são motivos para gastar algumas horas por lá. Com uma variedade de produtos típicos não só da culinária, mas da cultura mineira em geral, distribuídos em mais de 400 lojas que ocupam um espaço de 24.000 m², o Mercado Central atrai uma média de 1 milhão e 200 mil visitantes por mês.
Quer conhecer um pouco mais da história e dos atrativos que fazem o Mercado ser tão popular? Então bora!
A história do Mercado Central de BH
O Mercado foi inaugurado em uma data pra lá de simbólica: o dia em que se celebra a Independência do Brasil. Em 7 de setembro de 1929, onde antes era o campo do América Mineiro, um dos principais times de futebol do estado, surgia um dos maiores centros comerciais de Minas Gerais.
A venda de hortifrutigranjeiros, trazidos por carroças e expostos em barracas de madeira, era a atividade principal que o movimentava. Na época, não era coberto, não tinha esgoto, nem água encanada. Quando chovia, virava um lamaceiro; e no período mais seco, era um poeirão danado!
Em 1964, a Prefeitura anunciou um leilão para a venda do terreno, alegando não ter condições de administrá-lo. Os próprios comerciantes se reuniram e o compraram, evitando que o mercado fechasse. Mas ficou acordado que deveriam construir um galpão fechado no prazo de 5 anos — o que, felizmente, pôde ser concluído, mas com muito esforço.
Por que visitar Mercado Central de BH
Uma visita ao Mercado Central, por si só, é uma verdadeira imersão na cultura mineira. Além de guardar muitas memórias significativas, oferece inúmeras possibilidades de lazer e compras.
Dificilmente você conseguirá ver tudo em uma única visita. Mas é possível, sim, fazer um tiquim de cada coisa. Continue a leitura e confira nossas sugestões!
Compras
Com o passar dos anos e o investimento dos comerciantes do Mercado, ele se expandiu não só em tamanho — a princípio eram 14.000 m² —, mas em variedade de insumos e tipos de negócios.
Hoje, é possível encontrar desde produtos típicos, como queijos, doces, cachaças e temperos naturais diversos a granel, até artesanatos, utilidades domésticas, artigos religiosos, além de frutas secas, castanhas, ervas, raízes, e mais uma infinidade de produtos.
Gastronomia mineira
Não podemos deixar de mencionar os restaurantes e bares, que oferecem, dentre outras iguarias mineiras, o famoso fígado com jiló, muitas vezes servido no balcão, acompanhado de uma cervejinha gelada.
Se a ideia é se refrescar de forma mais natural, na Praça do Abacaxi você encontra pedaços da fruta já cortados prontinhos para consumir. Outra ótima opção é a Tradicional Limonada, famosa no Mercado Central e sempre geladinha.
Facilidade de acesso
Para quem quiser otimizar o tempo, evitando se perder entre os inúmeros corredores — embora isso não seja necessariamente ruim, já que também é possível explorá-los por conta própria —, existem as visitas guiadas, realizadas de segunda a sábado, das 9h às 17h, e aos domingos e feriados, das 9h às 13h, para grupos de até 20 pessoas por vez, mediante agendamento.
O Mercado conta com 2 estacionamentos internos, facilitando a vida de quem vai fazer compras motorizado, e sua localização central facilita o acesso tanto por meio de transporte público, com vários pontos de ônibus em seu entorno, quanto por táxis e aplicativos de transporte — opções melhores para quem pretende tomar uma cervejinha ou degustar aquela cachacinha mineira.
Boas opções para um “cafézim”
Se quiser fazer uma pausa para um cafezinho, você também vai encontrar lugares bem interessantes dentro do Mercado Central de BH. Como as opções são muitas, vamos dar uma forcinha indicando alguns que são imperdíveis!
Dona Diva Café e Quitandas
Pão de queijo, bolo de cenoura com cobertura de chocolate, e um “pretinho” moído na hora: pensa num “trem bão”! Adicione um “dedim de prosa” e aí fica perfeito!
Café Dois Irmãos
A decoração desse café é composta por fotos de figuras ilustres, como políticos e jogadores de futebol que já passaram por lá. Pois é, os famosos também não perdem a chance de tomar um “cafézim com broa” no Mercado Central!
Comercial Sabiá
Uma boa pedida é o “pingado”, acompanhado de broa de queijo — isso que é mineiridade! O bolo de mexerica também merece destaque.
Mercados pelo mundo
Nos últimos anos, mercados do mundo todo vêm ganhando cada vez mais destaque nos roteiros turísticos e gastronômicos. Exemplos disso são o Mercado de La Boqueria, em Barcelona, Espanha; o Grande Mercado de Budapeste, na Hungria; Grande Bazar de Istambul, na Turquia; e, no Brasil, o Mercado Ver-o-Peso, em Belém do Pará e o Mercado Municipal de São Paulo, mais conhecido como Mercadão.
Há uma mescla de tradição e modernidade envolvida nesses espaços que atraem cada vez mais gente interessada em explorar as cores, aromas, sabores e aspectos culturais em seus passeios turísticos. De fato, conhecer o mercado local é uma ótima maneira de fazer um mergulho na cultura do lugar.
O irmão mais novo do Mercado Central
Seguindo essa tendência mundial, surgiu o projeto “Velho Mercado Novo”, com a proposta de revitalizar o “irmão mais novo” do Mercado Central. O Mercado Novo nasceu nos anos 1960, mas nunca chegou a ter a mesma projeção do “irmão mais velho”, e, por um bom tempo, ficou meio esquecido e com baixa ocupação. Sua construção sequer foi finalizada.
Até meados de 2018, era habitado por gráficas, fábricas de uniformes, fábrica de velas, lojas de temperos e condimentos, lanchonetes e restaurantes de comida “raiz” (como o Bar do Luiz, famoso nas madrugadas) e uma feira livre que fornece para outros mercados e restaurantes da cidade. Ficou conhecido pela grande oferta de serviços a baixo preço.
Com o Mercado das Borboletas, um espaço de eventos que funciona no último piso, além de outras manifestações culturais e artísticas pontuais, o Mercado Novo já vinha ganhando espaço no cenário de entretenimento da cidade.
Reconhecendo esse potencial, o empresário Rafael Quick puxou a fila, abrindo a distribuidora de bebidas Goitacazes. Em frente, a Cozinha Tupis complementou a “parada”. Outros negócios com a mesma pegada foram se juntando a eles: o café Copa Cozinha, o Gira Bar de Vinho, a Charcutaria Tapera, o Super Câmera (um laboratório fotográfico analógico)… e parece que vem mais novidades por aí!
Contudo, o intuito não é transformá-lo completamente, seguindo um padrão externo, mas agregar novos empreendimentos, respeitando as características e o espaço de quem já estava lá, e preservando suas tradições.
À essa altura, esperamos que você já tenha se convencido de que um rolê no Mercado Central de BH vale muito a pena! Que tal aproveitar e dar um pulinho também no Mercado Novo, já que eles ficam bem próximos um do outro? “Pertim”, como diriam os mineiros. Garanto que você não vai se arrepender!
Gostou de conhecer um pouco mais sobre o Mercado Central de BH? Tem alguma dúvida ou alguma dica que acha que ficou faltando? Compartilhe com a gente nos comentários e ajude mais pessoas a fazerem uma programação bacana para essa visita!
Mercado Central de Belo Horizonte
Endereço:
Av. Augusto de Lima, 744, Centro.
Horário de funcionamento:
Segunda a sábado, das 7h às 18h.
Domingos e feriados, das 7h às 13h.
Posto de informações turísticas:
Tel: 31 3277-4691
informacoes@mercadocentral.com.br
“Velho Mercado Novo”
Endereço:
Avenida Olegário Maciel, 742, Centro.
Horário de funcionamento:
Quinta e sexta, de 18h às 0h.
Sábado, de 12h às 0h.
Domingo, de 12h às 18h.
IG: @velhomercadonovo