Comer bem em Minas não é tarefa difícil, convenhamos! Difícil é escolher entre tantas iguarias e opções diversas de restaurantes, principalmente entre os representantes da típica culinária mineira.
Neste post, reunimos algumas dicas de restaurantes em BH para você apreciar o que a nossa culinária tem de melhor, seja você morador(a) (afinal, sempre tem um restaurante que a gente ainda não conhece), seja visitante/turista em busca de boas experiências gastronômicas na capital mineira! Partiu?
1. Querida Jacinta
Misto restaurante, cervejaria e bar dançante, o Jacinta tem uma proposta bem eclética e original. Serve almoço (inclusive com opções de pratos executivos durante a semana), tem ótimos petiscos de boteco — como o pastelzinho de alho poró com queijo canastra (um de seus grandes sucessos) e a famosa coxa creme, e também conta com uma boa seleção de chopes e drinks, além de uma ampla carta de cervejas artesanais.
Instalado em um antigo galpão na zona leste, que antes abrigava uma escola de dança, conserva ainda uma atmosfera de local de shows e apresentações, com pequenas arquibancadas móveis ao redor do salão interno, preenchido por mesinhas, um segundo andar como o de teatros populares e decoração descolada.
Antes da pandemia, à medida que as horas avançavam e as pessoas já haviam feito uma “boquinha”, elas se levantavam para dançar e as mesas iam sendo retiradas, de modo que o ambiente se transformava noite adentro em uma espécie de “baladinha” ou de pub.
Aos fins de semana, havia tanto apresentações de cantores e bandas quanto de DJs, e mesmo nos dias em que não se tinha música ao vivo, uma excelente seleção musical animava o ambiente — eles têm até uma rádio no Spotify.
A partir de sua reabertura recente, ainda vêm sendo tomadas medidas de prevenção à COVID-19, como distanciamento entre as mesas — inclusive tem mesas na calçada, coisa que mineiro ama — e horário de funcionamento reduzido.
Mas enquanto não voltamos 100% à normalidade, já é possível fazer boas refeições no “poleiro”, como é carinhosamente chamado por seus funcionários e frequentadores, em referência à galinha d’angola, que é símbolo do Jacinta, presente em sua logo e na decoração.
O carro-chefe é o joelho de porco, mas também fazem sucesso a parmegiana e o glorioso torresmo de rolo — também conhecido como barrinha de cereal de mineiro.
2. Xapuri
Consagrado já há alguns anos como um dos melhores — se não o melhor, por mais que esse conceito possa ser relativo — restaurante de comida mineira da capital, o Xapuri já recebeu vários prêmios e é sempre citado em blogs de viagem e guias gastronômicos. Tem um vasto cardápio com pratos tipicamente mineiros, além de um buffet de doces caseiros — tudo feito lá mesmo — de dar água na boca.
O restaurante é bem amplo, com decoração rústica que remete às fazendas do interior de Minas — com fogão à lenha e tudo o mais — e eles fabricam e fazem a cura de linguiças por lá. O espaço conta ainda com uma lojinha de artesanato e uma hípica. Ou seja, é um programa para toda a família (as crianças adoram!).
O bolinho de mandioca é um dos petiscos mais famosos da casa. Outras boas pedidas são a chapa de jiló com queijo e a farofa de jiló com carne seca. Também há excelentes opções com carne de porco, que é muito utilizada na culinária mineira, além de pratos com frango, boi e até pato!
3. Casa dos Contos
Um dos restaurantes mais tradicionais de BH, desde 1975 é ponto de encontro de jornalistas, políticos, artistas, boêmios e intelectuais. Seu prato mais famoso é o filé surprise (filé empanado e recheado com presunto e muçarela, arroz à piamontese, batata frita, banana à milanesa e dois ovos fritos). O filé à parmegiana também faz sucesso, e os pratos da Casa dos Contos, em geral, são bem fartos, apresentando bom custo-benefício.
A Cantina do Lucas, no lendário edifício Maletta, também é um restaurante bastante tradicional — quase um ícone de Beagá —, no mesmo estilo, e pertence à mesma família que comanda a Casa dos Contos.
4. Chopp da Fábrica
Com duas unidades, uma no Santa Efigênia (a “original”) e outra na Pampulha (mais nova), esse restaurante também tem tradição em BH e é famoso por ficar aberto até altas horas (pelo menos antes da pandemia).
O mexidão do Chopp da Fábrica com certeza já salvou a fome da madrugada de muitos belorizontinos! Outro prato ilustre da casa é a parmegiana de espaguete, que se trata de uma macarrão à bolonhesa servido sobre um bife à milanesa, nuuuh! A polenta também é altamente recomendada, além de ser um bom lugar para saborear aquele tropeiro.
5. Las Chicas Vegan
Não poderíamos deixar de fazer uma indicação para aqueles(as) que não consomem carne e/ou outros derivados animais. 100% vegano, esse restaurante oferece “pratos do dia”, com opções de almoço bem apetitosas, além de hambúrgueres, sobremesas e drinks.
A proposta é inteiramente voltada para a sustentabilidade, com uso de orgânicos e insumos comprados de pequenos produtores locais, demonstrando um comprometimento real com causas socioambientais. A decoração é um charme e ele ainda fica no descolado edifício Maletta.
6. Casa Amora
Com uma pegada mais saudável, o Amora serve diariamente 3 opções de proteína animal (geralmente, um peixe, um frango e um boi ou porco) e mais uma variedade de guarnições que vão desde saladas frescas e quentes a massas e outras diferentes preparações.
O prato é montado na hora na sua frente e você pode escolher entre uma das proteínas, acompanhada de duas ou três guarnições — ou, ainda, dispensar a carne, optando por 4 guarnições, caso seja vegano ou vegetariano. Os valores dos pratos montados são fixos, de acordo com a proteína escolhida e a quantidade de acompanhamentos.
Enfim, uma excelente pedida para um almoço rápido, saudável e saboroso ao mesmo tempo, o que não é muito fácil de encontrar por aí, némêz? Além disso, a decoração é fofa e aconchegante. Há, ainda, opções de sucos naturais e sobremesas — a cheesecake de lá é deliciosa, por sinal!
7. A Pão de Queijaria
Não é bem um restaurante, mas não poderia ficar de fora, afinal o pão de queijo é, sem sombra de dúvidas, a grande estrela da culinária mineira!
Nessa casa especializada, você encontra diversas opções da principal iguaria mineira com recheios doces e salgados: com sobrecoxa empanada em farinha de pão de queijo + quiabo (mineiridade nível hard!), com hambúrguer, com costela, com linguiça, com pernil, com doce de leite e queijo, com requeijão em barra e goiabada (é mineirice que não acaba mais!), além das opções de recheios vegetarianos salgados (caprese e mix de cogumelos).
Mas dá licença que preciso destacar o Chovinista: pão de queijo recheado com costelinha de porco desfiada, queijo minas derretido, couve frita e bacon!!! Fala sério, acho que esse ganhou (deu até gatilho aqui). Mais mineiro impossível!
Também há lugar para os mais tradicionais (ou puristas): pão de queijo sem recheio, feito com diferentes tipos de queijos mineiros: do Serro, D’Alagoa, da Canastra, da Serra do Salitre… Além de uma carta de cafés quentes e gelados (e outra de cervejas, para quem preferir). Tem até sorvete de pão de queijo, tem base? Outro “detalhe” que faz sucesso na casa é o delicioso ketchup de goiabada!
Existe, ainda, um menu de almoço, com entrada (saladinha com croutons de pão de queijo, já pensou?), pão de queijo recheado e acompanhamento (uma das opções é a polenta). Almoço de mineiro é diferente, né? Até porque não tem hora certa pra comer pão de queijo, que, com certeza, é melhor que muita gente!
8. Glouton
Anota aí essa indicação para ocasiões especiais, sô! Mesclando influências da cozinha francesa e mineira, o restaurante do chef-celebridade Léo Paixão (jurado do reality global de culinária Mestre do Sabor) acumula prêmios (inclusive já foi eleito, mais de uma vez, o melhor restaurante da cidade).
A fama do restaurante, aliás, precede o burburinho causado pela participação de Léo no programa da Globo, que se somou ao crescimento do perfil de seu Instagram quando o chef passou a compartilhar receitas na cozinha de sua casa no período de isolamento social mais restrito por ocasião da pandemia do Coronavírus.
A incrível habilidade de fazer releituras que transformam ingredientes simples em alta gastronomia, valorizando os produtos da nossa terra, é um dos segredos do enorme sucesso do Glouton.
Recentemente, Léo declarou sua intenção de fazer uma cozinha cada mais acessível e familiar, a partir das readequações impostas pela questão da pandemia. Um dos carros-chefes do Glouton é a papada de porco com mil folhas de mandioca, mas o cardápio é sazonal e está sempre se renovando.
9. Caê Restaurante Bar
Com opções de vão desde releituras de petiscos de boteco — como coxinha de carne de sol com requeijão cremoso e pastelzinho de queijo minas curado com chutney de cebola caramelizada — a pratos mais elaborados. Em um ambiente moderno e descontraído, com belos drinks autorais, esse bar com cardápio de restaurante (ou vice-versa) tem tudo para agradar aos mais diversos comensais.
Uma curiosidade interessante é que no salão de entrada do Caê fica exposta uma queijeira com os diferentes tipos de queijos mineiros que são usados na preparação dos pratos e tábuas de queijo. Os pães que acompanham as entradas são de fermentação natural, da famosa padaria Du Pain, no Mercado Central.
10. Camaradería Gastrobar
Outra ótima opção para os veganos e vegetarianos! (E também para os simpatizantes e aspirantes). Ambiente charmoso, com uma pegada meio retrô e decoração em estilo industrial, tem uma boa carta de vinhos, cervejas e drinks.
É famoso pelas versões sem carne de pratos clássicos da culinária brasileira: tropeiro, feijoada e moqueca, servidos em dias específicos da semana. Além disso, o restaurante conta com criações próprias bem convidativas em um cardápio que inclui também pizzas, sanduíches e petiscos.
Como os estabelecimentos estão retomando aos poucos suas atividades, lembre-se de checar os horários de funcionamento e respeite as regras estabelecidas de distanciamento, uso de máscaras e demais medidas para contenção do Coronavírus. Colabore e se proteja!
Quem não se sentir seguro(a) ainda para voltar a frequentar restaurantes presencialmente, pode ainda optar pelo delivery, disponível na maioria das opções indicadas (entre em contato direto com o estabelecimento para obter mais informações).
Gostou das nossas dicas? Veja também nosso post sobre o Mercado Central, um dos maiores redutos da gastronomia mineira em BH!