A história do Mercado Novo em BH teve início nos anos 1960. A ideia, na época, era que ele fosse integrado ao famoso Mercado Central, mas o projeto não foi adiante.
Por muitos anos, seus corredores foram parcialmente ocupados por gráficas, fábricas de velas e de uniformes, lanchonetes e restaurantes populares — como o Zé Luiz, famoso nas madrugadas belorizontinas —, além de uma feira livre que fornece insumos para restaurantes da cidade. Assim, o Mercado Novo ficou conhecido pela variedade de serviços oferecidos a baixo custo.
Contudo, ele ficava meio “abandonado”, já que havia muitas lojas fechadas e espaços sem uso por lá — como o do terceiro piso, cuja construção nunca tinha sido finalizada. Em 2010, um grupo de artistas inaugurou o Mercado das Borboletas, um espaço para shows e eventos, onde eram realizadas festas com uma pegada mais alternativa às sextas-feiras.
O grupo tinha também outros planos para as mais de 300 lojas desocupadas até aquele momento, como salas de cinema, teatro e exposições artísticas. Embora essa primeira tentativa de revitalização do Mercado Novo não tenha se concretizado, lançou uma sementinha ao demonstrar o potencial que o local teria para integrar a cena de entretenimento de BH, seguindo uma tendência mundial de resgate e recuperação de espaços “esquecidos” na área central de grandes cidades.
Em 2018, o empresário Rafael Quick, da Cervejaria Viela, abriu no segundo andar a Distribuidora Goitacazes, com a proposta de democratizar o consumo de cerveja artesanal, que de certa forma ficava restrito a ambientes mais elitizados. Em parceria com a Cozinha Tupis, instalada logo em frente, foi dado, enfim, o impulso que faltava para que o Mercado Novo passasse a atrair outros empreendimentos, inaugurando uma nova fase em sua história.
Vale ressaltar que o plano não foi chegar mudando tudo o que havia ali antes, mas respeitando quem já estava lá há mais tempo, sem descaracterizar o espaço, e promovendo um ambiente colaborativo, de modo a atrair diferentes públicos e celebrar a diversidade.
Foi criada uma espécie de conselho para dialogar com a administração do espaço e orientar esse movimento do Velho Mercado Novo, visando preservar a identidade do local. As placas de identificação dos novos estabelecimentos com ar vintage, por exemplo, são em grande parte produzidas nas próprias gráficas do mercado. Além disso, muitos dos ingredientes usados nos pratos dos novos bares e restaurantes são comprados dos feirantes do primeiro piso.
Aos poucos, as inúmeras lojas outrora vazias foram sendo ocupadas, em sua maioria, por negócios alinhados com os princípios da economia criativa e, principalmente, com a proposta de valorizar a cultura mineira e os pequenos produtores locais. Sendo assim, não tinha lugar melhor para ser a segunda casa da Bendizê — uma marca de moda com identidade mineira, que ressalta nossa mineiridade sem estereótipos.
Você já conhece a nossa loja na Savassi? Vem fazer uma visitinha pra gente no Mercado Novo também e ver que tanto de trem lindo pro cê vestir! Estamos no segundo andar, corredor C. Ó só nossos horários de funcionamento:
- Domingo a terça-feira: 10h às 16h
- Quarta a sábado: 10h às 20h
De quebra, você aproveita pra comer um trem gostoso, tomar um cafézim, uma cervejinha artesanal mineira (ou gin, xeque mate, vinho… Tem pra todos os gostos, sô!) em um dos inúmeros estabelecimentos superlegais com que dividimos esse espaço autêntico e único em Beagá! Espia só algumas opções bacanas que você vai encontrar por aqui, pertim da gente…
O que é que o Velho Mercado Novo tem?
Tem charme, cobogós e muito borogodó! Se faz um tempinho que você não vem aqui, pode ser que esteja precisando se atualizar sobre esse Velho Mercado. Desde o início desse movimento mais recente de reocupação, em meados de 2018, muita coisa nova surgiu, transformando o Mercado Novo em um point da gastronomia mineira informal e da boemia, com ares nostálgicos que remetem às mercearias antigas, comida servida no balcão e muita prosa boa!
Se você já veio às festas no Mercado das Borboletas, precisa conhecer também os bares e restaurantes do Mercado Novo em BH! Veja a seguir algumas das deliciosas e variadas opções de bebida e comida que temos por aqui — vale frisar também que respeitamos as regras de distanciamento social e demais medidas de higiene e prevenção estabelecidas pela pandemia. 🙂
1. A Pão de Queijaria
O pão de queijo mais famoso de BH, que já era nosso vizinho na Savassi, também está com uma unidade no Mercado Novo, tem base? É um recheio mió e mai mineiro que o outro, fi! Já demos as dicas aqui nesse outro post dos restaurantes mais legais de BH, clica aí e vem ver!
2. Bento Bolinhos
Bolinho “de tudo quanto é tipo” é um dos trem que mineiro mais curte comer em uma mesa — ou balcão — de buteco. Bolinho de calabresa com muçarela, de costelinha, em porção ou unidade. Ideal para petiscar a qualquer hora!
3. Borandá
Quem aí ama um pastelzim com caldicana? Limpa a baba aí, sô! O cardápio muda a cada mês e tem sabores de pastel bem inusitados, como lombo com abacaxi, fricassê de frango, alho poró com queijo canastra, mortadela, carne de panela ao vinho, ragu de linguiça, costelinha, tomate confit…
E tem tamém os pasteis doces: de bananada, canastra com doce de leite e até de pudim de de leite condensado (por essa ocê num esperava, némêz?).
4. Carimbó
Que tal uma paradinha para um açaí no Mercado Novo? Todos os produtos são naturais e artesanais, feitos no dia e com matéria-prima que vem da fonte: o Pará!
Além de creme de açaí e de cupuaçu, lá você encontra sucos típicos daquela região: cacau, graviola, taperebá… E tem ainda os drinks paraenses, para relembrar os quiosques do Norte do Brasil. Arreda pra cá!
5. Charcutaria Tapera
O melhor da charcutaria mineira e artesanal você encontra na Tapera: salaminho, peperone, chouriço, carne na lata, linguiça defumada, panceta, porchetta, pastrami, lombo esfumaçado…
Além de queijos maturados, geleias, conservas, molhos e outras delícias que compõe as tábuas servidas tanto no local quanto montadas para levar para casa. Bão padaná!
6. Cozinha da Vó Anna
Massas frescas, molhos, antepastos, caponatas, limoncello… Um pézim na Itália e outra na cadivó: a lasanha com ragu de ossobuco e o capeletti de taioba recheado com lombo defumado ao molho de queijo traduzem perfeitamente essa mistura de sabores mineiros e italianos, transmitindo afeto em forma de comida boa!
7. De Birra
Parada obrigatória no Mercado Novo para os amantes de cerveja! De Birra é um armazém cervejeiro que vende diversos produtos e petiscos à base de cerveja. Tem de tudo o que ocê imaginar: chocolates, pães, molhos, biscoitos e até pipoca doce, tudo com um toque de malte e lúpulo. E as panhocas de lá? Nuuuh!
8. Fubá
Esse é pra quem ama um pastelzim de angu e outras gostosuras feitas com milho: pamonha, bolo de milho, picolé de mingau, péla égua (um bolinho feito com massa de canjiquinha com duas opções de recheio: costelinha de porco ou abóbora defumada, na versão vegana)… Passa vontade não, trem!
10. Geraes Cozinha Regional
Restaurante de comida regional com sabor e identidade geraizeira, de valor afetivo. Do jeitim que a gente gosta, uai! Arroz com pequi, paçoca de carne de sol, mandioca… Um pedacim do Norte de Minas em BH, aôôba!
9. Guarapari
Comida de praia em BH? Tem tamém, uai! Pra matar a saudade da praia preferida dos mineiros, homônima deste estabelecimento, você pode ir lá degustar aquele peixim frito, espetim de camarão, moqueca… E se sentir mais pertim do mar, com um pézim na areia, ô trem bão!
11. Leopoldina Pizza
E pra quem é de pizza, aqui temos pizza de verdade, feita no forno a lenha, com massa de fermentação lenta e ingredientes regionais selecionados: taioba, carne de sol e requeijão do norte de Minas, bacon artesanal, lombo, queijo de leite cru, doce de leite…
Só iguarias mineiras da melhor qualidade, promovendo a valorização de toda a cadeia de produção. Eita, trem lindo e gostoso!
12. Massa Mercado
Quem é fã de massas artesanais tamém tem vez aqui no Mercado Novo, e vai encontrar um pedacim da Itália em plena Minas Gerais: nhoque, talharim, espaguete, ravioli, lasanha… Tradição italiana com um quê de mineiridade!
13. Moscata Empada
Pensa numa empadinha boa, sô! E num empadão bão tamém… Os sabores são beeem mineiros: rabada, língua, linguiça, moela, fígado com jiló… Também tem opções vegetarianas, como a de jiló com requeijão, que é uma das mais pedidas.
E os sabores doces? Churros mineiro (queijo com doce de leite e canela), romeu e julieta (que dispensa apresentações)… Di cumê rezano!
14. Naonde
Uma confeitaria pra lá de charmosa, decorada como as cozinhas das fazendas do interior de Minas, com jeitim de cadivó.
Nesse cantim você encontra aqueles doces, bolos e outros quitutes caseiros que nos transportam para as melhores memórias da infância, como a maravilhosa tortinha de limão, um dos carros-chefes da Naonde.
15. O Andarilho
Uma casa de licores artesanais mineiros, que faz reinvenções desse tradicional produto do nosso estado em forma de coquetéis, shots e doses, reunindo sabores típicos de várias regiões de Minas em uma carta extensa, com combinações surpreendentes.
Tem licor de pequi, de jabuticaba, de mexerica, de café, de jenipapo, de pimenta, de cravo e canela… E mais um tanditrem bão demais da conta!
16. Ortiz
Sanduíches e “pão moiado” do jeitim que mineiro gosta! Pão com pernil, com carne de panela e requeijão de barra, almôndegas, costelinha egg bacon, linguiça flambada na cachaça, barriga de poroco, parmegiana (isso mesmo, é um sanduíche com recheio de parmegiana!)… Di lambê os beiço!
Tem também opções vegetarianas, com abobrinha, cogumelos e mais um tanditrem bão que eles inventam.
17. Painço
Pães artesanais de fermentação natural de tudo quanto é tipo: ciabatta, focaccia, baguete, pão de milho, rosca, brioche, pão de castanha do pará, nozes com chocolate, semi integral… Depende da fornada do dia, uai!
18. Rapa do Tacho
Sabe aqueles doces mineiros que a gente come em cadivó? Pois tem lá na Rapa do Tacho: doce de leite, ambrosia, mamão verde em calda, bananada, doce de abóbora com coco, pé de moleque, figo em calda, goiabada cascão cremosa… tudim artesanal, viu? Trem bão é coisa boa!
19. Rei da Estufa
Sabe aquela estufa dos butecos mineiros raiz, cheinha de trem gostoso? Torresmo, croquete, moelinha, língua ao vinho, almôndega, jiló em conserva, pernil fatiado…
Além dos petiscos, o Rei da Estufa também tem pratos como o frango ao molho pardo, baião de dois, parmegiana, paella mineira, galinhada, rabada… Pra mineiro nenhum botar defeito!
20. Rotisseria Central
Rango raiz com alma mineira! Um exemplo disso é a panelinha de maçã de peito assada com rapadura, arroz branco, angu de milho, roti de café e couve na brasa.
Além dos pratos, são servidos hambúrgueres e petiscos com ingredientes tipicamente mineiros, que valorizam nossas tradições em releituras modernas e pra lá de apetitosas.
21. Sandro Cozinheiro
O Sandro reuniu toda a sua bagagem de quem cresceu perto do mar, na Itália e depois passou boa parte da vida morando e estudando gastronomia em Londres.
Em sua cozinha, você vai encontrar, então, desde peixes e frutos do mar muito bem trabalhados, até comidas típicas dos pubs ingleses, porém com aquele toque mineiro (linguiça acebolada cozida lentamente na cerveja artesanal) de alguém que, no fim das contas, se apaixonou mesmo foi por Beagá… A gente te entende, Sandro!
Temos um orgulho danado de fazer parte desse ecossistema que preza pela sustentabilidade e o fortalecimento de produtos mineiros. Afinal, é junto dos bão que a gente fica mió!
Vem logo que tem trem bão demais te esperando por aqui… E você já pode sair de camiseta nova da Bendizê pra dar um rolê nos bares e restaurantes do Mercado Novo.
Fica um do ladim do outro e você pode conhecer vários de uma só vez — mas com certeza vai querer voltar muitas outras. E a maioria tamém trabalha com delivery pro cê matar a saudade quando preferir ficar quetim em casa, uai!
*Consulte o Instagram de cada estabelecimento, pois o cardápio pode mudar sazonalmente (bão é que sempre vai ter coisa nova pra provar!).
Anota aí o endereço: Av. Olegário Maciel, 742 – Centro. Mas prestenção aqui, ó: à noite, a entrada é pela R. Rio Grande do Sul, 505.
Cê já conheceu as novidades da Bendizê? Então espia só: