Há diversas Bandas mineiras: Terra de João Bosco, Paulinho Pedra Azul e Flávio Venturini — só para citar alguns de seus cantores de sucesso —, Minas é berço de grandes nomes da música brasileira. Milton Nascimento, o glorioso Bituca, nasceu no Rio de Janeiro, mas cresceu em Três Pontas e depois mudou-se para Belo Horizonte, onde fundou o icônico Clube da Esquina junto com importantes músicos mineiros, como Lô Borges e Beto Guedes.
Dentre os discos e bandas que marcaram a história musical do estado, o Clube da Esquina se destaca por ter influenciado a expressão cultural e artística não só de Minas, mas do Brasil. O 14 Bis, que em 2019 comemora seus 35 anos em uma turnê com os principais sucessos da banda — como “Todo Azul do Mar” e “Caçador de Mim” — também teve grande relevância nesse contexto.
Mas nem só de história vive a música mineira, que tem cada vez mais artistas da nova geração despontando no cenário nacional. Bora conhecer um pouco mais das bandas mineiras atuais e relembrar os principais grupos musicais de Minas Gerais?
Bandas mineiras da atualidade
Como ressaltamos, Minas é celeiro de grandes artistas e palco de expressões artísticas diversas. Na música, estilos variados compõem a safra de novos talentos.
Dentre inúmeros exemplos que poderíamos citar aqui, conheça a seguir alguns dos principais representantes dessa nova geração boa demais da conta!
Lagum
Em relativamente pouco tempo, a Lagum, que surgiu em 2014, alcançou grande projeção com seu som melódico e alto astral. A regravação de “Deixa”, com a participação de Ana Gabriela, foi compartilhada por Neymar em plena Copa do Mundo (2018), dando o empurrãozinho que faltava para que a banda de Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte, explodisse na cena nacional.
O último álbum do quinteto, “Coisas da Geração”, mistura rock, pop e reggae, com letras que retratam os questionamentos e anseios típicos da juventude contemporânea, como o próprio nome do disco sugere.
Devise
Passeando entre o britpop e o rock alternativo, com influências tanto internacionais — como Strokes e Oasis —, quanto mineiras — como Lô Borges e Skank —, a Devise conquistou o público e a crítica, entrando na lista da “nova geração da música brasileira” pelo jornal O Globo.
O quarteto, que surgiu na histórica e universitária cidade de São João Del Rei, também foi selecionado nos projetos Popload Session e Converse Rubber Tracks. Com todo esse burburinho e dois discos autorais lançados — “Lume”, em 2014, e “Petricor”, em 2017 —, a Devise se tornou uma das grandes apostas do rock da nova geração.
Gabriel Elias
Embora não se trate de uma banda, não poderíamos deixar de citar este cantor que estourou na internet, com milhares de acessos nas plataformas de streaming — fenômeno tão característico da era atual —, conquistando um público expressivo e espalhado por diversas regiões do país.
Mineiro apaixonado pelo mar, Gabriel é cantor, compositor e instrumentista. Fazendo reggae com uma pegada de surf music, tem como referências Milton Nascimento e o 14 Bis. Ele já tocou com outros grandes artistas nacionais, como Jota Quest, Thiaguinho e Roberta Campos, e também internacionais, como SOJA, Jason Mraz e Donavon Frankenreiter. Este ano, Gabriel Elias se apresentará no Rock in Rio.
Daparte
Com influências da MPB e do rock dos anos 1970 e 1990, a banda se formou em 2015, lançando seu primeiro álbum, “Charles”, no ano passado (2018). O primeiro single, “Guarda Chuva” mistura o rock ao groove e ao pop.
Os cinco integrantes compõe. Dentre eles, Juliano Alvarenga, que segue os passos do pai na música — ele é filho de ninguém menos que Samuel Rosa. Como não poderia ser diferente, a Daparte tem como uma de suas referências o Skank, além de Beatles, Oasis e o Clube da Esquina.
Old is cool: o tempo passa, mas o sucesso continua
Tem coisas que só ficam melhores com o tempo. Seja por produzirem músicas que podem ser consideradas atemporais, seja por se manterem em atividade mesmo depois de tantos anos de carreira, algumas bandas se firmaram como ícones de sua geração, lotando shows até hoje e ganhando espaço, também, nas plataformas digitais, que nem existiam ainda quando elas começaram.
Adivinha quais são elas?
Skank
Uma das principais bandas de sua geração, o Skank marcou época nos anos 1990 e continua sendo uma das representantes mais fortes do pop rock mineiro, tendo inspirado muitos outros artistas daqui e de fora ao longo desses anos.
Alguns de seus principais singles, como “Garota Nacional”, “Tão seu”, “Te ver” e “Pacato Cidadão”, fazem parte da turnê mais recente da banda, intitulada “Os Três Primeiros” em alusão aos álbuns “Skank” (1993), “Calango” (1994) e “Samba do Poconé” (1996).
Jota Quest
Misturando pop, rock e uma pitada black/soul music, o Jota Quest criou um estilo próprio, emplacando grandes sucessos em seus 26 anos de estrada. Mesmo depois de tanto tempo, a banda mantém o fôlego.
Após ter lançado seu primeiro disco acústico em 2017, está em turnê com o show “Músicas pra cantar junto”, que tem no repertório tanto os principais hits, como “Na Moral”, “Amor Maior”, “O Vento” e “Dias Melhores”, como versões acústicas inéditas e composições feitas especialmente para este projeto.
Além disso, o Jota Quest é atração confirmada no Prime Rock Festival, que acontecerá pela primeira vez em Belo Horizonte este ano.
Tianastácia
Rock’n’roll e mineiridade na veia: isso é Tianastácia! O grupo de Belo Horizonte, que também tem influências do punk, do pop e do metal, fez homenagens à “terrinha” em duas de suas canções: “Bondosa” e “Eu sou mineiro”.
Mas, sem dúvidas, a música mais emblemática deles é “Cabrobró”, que expressa toda a irreverência do grupo.
O último álbum, “Escorrega 1 Cai 5”, foi lançado em 2017, e o “Tia”, como é carinhosamente apelidado pelos fãs, continua na ativa, criando, compondo e cumprindo agenda de shows.
Pato Fu
Eleita pela revista Time em 2011 como uma das 10 melhores bandas do mundo fora dos Estados Unidos, a Pato Fu tem um estilo autêntico e experimental, que faz dela uma banda cheia de personalidade.
Além de ser a banda mineira conhecida pelo hit “Sobre o tempo”, seus discos e apresentações surpreendem pela criatividade e ousadia, como o projeto “Música de Brinquedo”, embalados pela a voz suave e inconfundível de Fernanda Takai.
Como podemos notar, Minas Gerais é, de fato, um reduto de grandes talentos musicais, novos e antigos, que continuam relevantes com o passar do tempo, e também abrem caminhos servindo de inspiração para as gerações seguintes.
A efervescência eclética da música mineira atual vai do rap, com representantes de peso, como Djonga, Hot e Oreia e Clara Lima ao eletrônico, tendo Kvsh, The Fish House e FTampa como alguns de seus principais expoentes.
Além disso, temos uma cena independente cada vez mais forte e diversificada, mas isso já é tema para outro post. 😉
E aí, qual é sua banda mineira favorita? Compartilhe o post em suas redes sociais e ajude a espalhar — e a exaltar — ainda mais a música de Minas para o mundo! “Sou do mundo, sou Minas Gerais…”